Eu Baghá, as vezes saio à esmo pelas ruas do
Morro das Mortes no desvario de achar um boteco para o meu iluminismo
fluorescente encontrar um papo cabeça para eu poder destilar meu macunaismo
indecente. Estou no sedentarismo metafísico e de tanto ouvir reza e cultos no
altofalante da província, quase um existencialista arrependido, um velho na
contramão da cultura arcaica, olhando de longe a Velha da Foice, quase puxando
a cordinha da descarga para o nada, expiar meu pecado original, do meu miasma
niilista. Mas aí chega outros caminhantes, Kerouacs modernos, amigos de
estradas, para aplacar minhas angústias. Eu e meus amigos Maneca e Khan na
década de 80, como sempre pegando uma estrada. Jaime Baghá
quarta-feira, 14 de julho de 2021
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