segunda-feira, 29 de março de 2021


 SEM JEITO

 Sou inquieto

Não fixo lugar

Onde reina o falso discreto.

Ando olho, observo

Comento, gesticulo

Um estorvo

Avesso ao teatral decoro.

Só a alma é latente

O físico corre

Dissimulando a mente

Ironizando o ridículo

Às vezes louco

Às vezes indecente.

Pondo a nu o protocolar

Reunião social

Zumbaia familiar

Para não acomodar

O eu marginal.

 

Sem jeito, velho e na contramão. – Jaime Baghá – verão de 2000

 

Tenho uma tendência a fazer o contrapeso lançando luz sobre uma área do pensamento que não esta sendo enfatizado, e vivo fora do consenso para manter meu olhar livre e contribuir com mais clareza para a visão geral. O problema é viver numa sociedade que não enfatiza nada e não pensa.

 

terça-feira, 23 de março de 2021


 Dor

 Qual o sentido de não haver mais sentido

Qual o caminho quando não houver estradas

Qual o desejo quando não houver mais amor

Qual é a porta quando não se tem mais saída

Qual o desespero quando não se tem mais dor

Qual é a liberdade quando não se é livre como o vento

Qual são as ilusões quando não se tem mais sentimentos.

 Vi numa amiga – Jaime Baghá

terça-feira, 16 de março de 2021


 SEM A LOUCURA

Sem minha loucura não tenho vida, não tenho sonhos, quimeras, não tenho energia, devaneios e uma aura criativa por menor que seja. Necessito do além do racional para poder observar, para raciocinar a loucura da trajetória e da caminhada humana. Necessito ver além da fachada, procurar ver por baixo das máscaras, juntar palavras e transformar o pequeno verso tosco num despertar de sentimentos, para ser poesia, texto, para ter corpo e alma e eu ufanar-me com o meu desvario.   Jaime Baghá

quinta-feira, 11 de março de 2021


 AS PRAGAS QUE NOS OPRIMEM.

Temos que procurar uma identidade, acabar com certas elites, o louco de plantão e seu profundo mal, sua identidade doentia com um neoliberalismo e sua máxima de produzir competição até a devastação gerindo sofrimento e miséria. Tudo aumenta de forma espantosa e com a recessão nosso PIB é o pior em mais de 30 anos, esta vergonha será uma mancha indelével na nossa dignidade, rebaixada para sempre na comunidade internacional onde teremos que viver nesta regressão civilizatória. Seremos sempre um país infeliz que esta sempre a espera de um “mito.” Um povo inteligente que ânsia o progresso, não pode acreditar que o autoritarismo que implica no caos traz a ordem, na verdade o Brasil esta um país doente, além da peste a patologia nacional e a incompetência do governo, o vírus que se alastra e os poucos recursos, o desdém, o deboche, o tráfico de influência que é uma tradição no nosso sistema político agora é uma influência muito mais maligna e o canalha é o cara que manda. Jamais devemos optar por alguém que prega o ódio e a violência, Bolsonaro trafega na névoa, nada sabe a respeito de coisa alguma, um títere parlapatão que neste momento serve aos desígnios dos eternos donos do poder, é um governo de destruição nacional um governo omisso, incapaz, mentiroso, negacionista e homicida. Batemos recordes diários do número de casos e mortes e assim como tudo, sem previsão de melhora em curto prazo. Protesto e não me calo porque este governo é um desaforo, uma vergonha e eu sou de uma época que jovens lutavam pela democracia e os poetas vaziam versos como Chico Buarque e cantavam nossa liberdade, sou de uma geração que cantávamos com Jim Morrison, “We want the world, and we want it now,” Nós queremos o mundo, e queremos agora. Jaime Baghá