sexta-feira, 11 de janeiro de 2019


O lixo político ao meu redor
Venho de uma família educada, nunca estive numa militância de conflito de classes, apenas fui educado para considerar todos os seres humanos iguais e a pensar que não há nenhuma diferença entre quem é culto e quem não é culto, quem é rico e quem não é rico. Uma educação com um estilo de vida democrático, mas confesso que sempre me senti muito mal diante do espetáculo das diferenças, entre ricos e pobres, entre quem está no alto e quem está embaixo da escala social. Hoje vejo as coisas mais como um humanista. Resisto e me indigno ao radicalismo contemporâneo, em especial ao populismo fascista que visa arregimentar o povo num regime de histeria coletiva e faz o caos crescer, numa organização social de ódio e que cristaliza as desigualdades. Por isso, às vezes mostro o meu descontentamento, em especial, pelos acontecimentos vergonhosos no Brasil. O que escrevo é muito inflexível e se radicalizo nas minhas posições não são por imposições, mas sim, uma visão garimpada de autores, críticos e escritores aos quais tenho respeito e admiração, tais como: Brecht,  Hobsbawm, Bauman, Umberto Eco e, em especial, o  mestre italiano Norberto Bobbio, o último dos humanistas.

Jaime Baghá – 24/10/2018