terça-feira, 31 de agosto de 2021


 OS CHARLATÕES

Vivemos tempos difíceis, além da pandemia mal cuidada com corrupções e falcatruas temos no cenário os demagogos cheios de ódio, espertalhões confiantes iludindo uma plateia ansiosa misturando religião e fakes com propagandas enganadoras iludindo com técnicas de comunicação de massa. No discurso dos charlatões, abundam teorias conspiratórias e relações espúrias entre causa e efeito, prometendo soluções fáceis, e enganadoras para as almas ansiosas. As mais rasas tolices são capazes de arregimentar a massa ávida por partilhar o sonho de um futuro melhor que na estatística só piora. O antídoto para o charlatanismo é a educação, o conhecimento, céticos são menos sujeitos as maquinações dos charlatões, crentes por outro lado sempre colocarão sua fé em improváveis soluções. O povo tem que ver melhor e entender que os charlatões como indivíduos de desempenho medíocre, são capazes de construir uma imagem de competência e realização, mas nossos charlatões são tão ordinários que o que vimos é uma verdadeira catástrofe. Temos neste pais um pessoal que pensa e os arrependidos que apostaram  no Diabo pensando que é Deus, então acordem os que ainda vivem perturbados na ilusão dos canalhas, lutem por uma nação decente e desenvolvida e escorracem de uma vez este poder canalha fabricante de miséria, ódio e violência. Despertem, não aos charlatões.  Jaime Baghá

segunda-feira, 16 de agosto de 2021


 WALKYRJA

Nas loucuras

Escritos e clássicos

Em sons

Pensamentos sem fins

Eu via

Montadas em cavalos alados

As mensageiras de Odin.

Valquírias de Wagner

Deidades flamejantes

Passavam em minha frente

Saindo da mitologia

Além da música

Para voar

Nas minhas poesias.

 A ópera imponente e a outra realidade da mente. Jaime Bagha

quinta-feira, 12 de agosto de 2021


 PLAGIANDO NERUDA

 Assim como num verso de Neruda

Lembro-me da época em que a poesia chegou até mim

Não que ela não existisse

Há muito tempo ela já habitava o meu ser.

Porém nesta época ela invadiu o meu pensamento

Não sei de onde veio

Do inverno ou do verão

Do menino sonhador

Das doces aventuras da juventude

Não sei como ou quando

Não eram vozes

Nem palavras

Nem silêncio

Mas da rua

Fui chamado abruptamente

Pelos braços da noite

Entre baladas e sons estridentes

Nos embalos das motos

Dos bares e festas

Nos amores ardentes

Numa viagem

Numa loucura

Numa estrada

Ou num retorno solitário

Lá estava eu

Sem rosto

E ela me encontrou.

 

Tem vezes que a poesia se mostra de maneira tão delirante que perco o sossego e me encanto. Jaime Baghá  -  Verão de 1990

terça-feira, 3 de agosto de 2021

VIDA

Vida

Prazer não explicado

Verdade

Ilusão e magia

Sentir

Imaginar

Crer e não crer

Tudo e nada

Ser de mistério

A matéria animada.

Vida

Movimento, energia

Metafísica

Analogia.

Vivo o viver

De o doce existir

Qual a chegada

Só sei o partir

Mesmo que não descubra

Ó vida

Mais raro elixir.

 

De vez em quando, como todos, pensando na vida. Jaime Baghá