segunda-feira, 21 de setembro de 2020


 A PESSOA ERRADA.

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas. Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é à hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira. A pessoa errada é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai enxugar suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você. A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", e vem dando certo, porque você foi a minha pessoa errada e acredito que minha vida só começou a dar certa quando encontrei você, a pessoa errada, pois acredito que aí foi que as coisas começaram a funcionar direito pra gente.

Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Jaime Baghá  - o cara errado.


 A OUTRA HISTÓRIA

Não gosto da mal contada história que nos foi enfiada goela abaixo pelo poder, contada por uma sociedade na qual eu nunca confiei e que ainda não confio que levanta monumentos transformando vilões em heróis para prosseguir com uma sociedade elitista, oligárquica e racista, discriminadora, dos quais muitos têm sucesso por explorar e roubar o povo e sua pátria, sempre tentando colocar no poder seus mandos e a política nas mãos dos mesmos. Conforme aponta Mia Couto, temos um passado, que nos foi dado Um passado que é uma construção, uma ficção autorizada e que conta uma história única daqueles que estavam no poder e que apagaram outras versões. Nesse trabalho de visibilizar o esquecido deveríamos agir como um arqueólogo, O que faz um arqueólogo? Junta caquinhos os limpa, cola-os tenta conferir coerência aos fragmentos. Às vezes a reconstrução do artefato é completa, outras, no entanto, fica a cargo de nossa imaginação completar o vaso sem alça e a estátua sem braço. Dai a importância do projeto de Foucauld em habilitar histórias das pessoas infames esquecidas nos arquivos. Lançar luzes em áreas obscurecidas. Tentar conferir sentidos as descontinuidades é o desafio que temos diante de histórias como Herculine Barin, Pirre Rivière e outros “anormais” narrados por Foucauld. Temos que resgatar nossa cultura, nossa história dando vida aos esquecidos e visibilizar todo nosso povo e nossa sociedade esquecida, para ter um país digno e pessoas com dignidade para construir uma história sem ficção, com verdade e justiça.  Jaime Baghá 


 HIPPIE

 Foi no tempo de aquários

Joplin, Hendrix

Crazy

Cantando, “Oh Fox Lady”

Na Praça

Eu

Vários

 

Roupas da “Boutique Lixo*

Liberdade

Paz e amor

Aos comportados, despudor

Gatas

Hippies

Bixos.

 

Encontro na Redenção

Dançando livre na praça

Paz, amor, contestação

Cabelos longos

Harmonia

A loucura vira arte

Eternamente jovem eu seria.

 

Nos belíssimos tempos de paz e amor. – Jaime verão 1970

 

*Boutique Lixo, era uma loja da década 70 em Porto Alegre, roupas extravagantes e psicodélicas como a década e muitas roupas militares vindo da guerra do Vietnã que a gurizada usava como forma de protesto a ditadura.