segunda-feira, 31 de outubro de 2022


TRI LEGAL

 Há meu Porto Alegre

Do menino trocador de gibis

Na porta do Vitória

Filmes de bang-bang

Da linha do bonde

De onde eu descia correndo

Dizendo que era o Tarzan

Visitar com meu Pai o Mata Borrão

Olhando as artes

O Bataclan passava correndo

Logo vinha a Terezinha Morango

Lanche na Praça XV

Fotógrafos Lambe-Lambe

Mercado Público

Passeios na Redenção

Andar de pedalinho

Ir ao aeroporto olhar aviões

DC 3, Curtiss Comanndo C 46

Desceu um Costellation

Meu pensamento voando

Na Cruzeiro, na Panair

Na Rua da Praia

Na casa do poeta Quintana

No Hotel Magestic

Versos soltos

Veríssimo, Scliar

Passar no Ao Belchior

Perto do Cine Cacique

Ver Antiguidades

Ir ao show ver Nei Lisboa

Hermes Aquino, Bicho da Seda

Adriana Calcanhotto, Kleiton & Kledir

Fim de tarde no Guaíba

Cais do porto

Festas no Clube Dinamite

Carnaval nos Gondoleiros

Cascalho, Baile dos Magrinhos no Sava Club

Comprando uma Jaqueta verde

Na desordem da Boutique Lixo

Para te ver

Meus belos instantes

Te encontrar na noite

No Bonami

Na Casa dos Estudantes

Às vezes um porre

Eu e ela bem feliz

E acordar abraçado

Na Praça da Matriz

Que saudades

Do meu Porto Alegre

Que eu amo

E me fez feliz.

 

Jaime Baghá, um jovem que curtiu P. Alegre/RS.

 

sábado, 29 de outubro de 2022


 NO INTERIOR

Os pequenos vilarejos do interior são belos e mágicos e não tem igual em qualidade de vida, mas não tem um boteco ou um lugar para meu iluminismo fluorescente, nem um papo cabeça para eu poder destilar meu macunaísmo indecente, “Ai que preguiça”. Estou no sedentarismo metafísico e de tanto ouvir rezas pelos alto falantes, quase um existencialista arrependido, um velho na contramão da cultura arcaica, olhando de longe a velha da foice, quase puxando a cordinha da descarga para o nada e expiar meu pecado original do meu miasma niilista.

Jaime Baghá

terça-feira, 18 de outubro de 2022

 

SONETO DA RAZÃO ESNOBE

 

Lá vem o(a)  esnobe

Empinando nariz a prumo

Movido (a) a dinheiro e consumo

E um espírito tão pobre

 

Tem desejos de status

Mas o sangue é espúrio

O palácio um tugúrio

A Inteligência aos trapos

 

Leva a vida em discrepância

No abismo depressivo

Com a fugaz segurança

 

Felicidade é ser rico (a)

Para os sonhos evasivos

Futura degradação psíquica

 

A acomodação do ignorante é o sucesso do explorador.  Jaime Baghá

 

terça-feira, 11 de outubro de 2022


 CURRAL DE DEUS

Brasil meu paraíso
Meu despiste
Meu Auschwitz
Meu encanto perdido.
Brasil do tirano que não me vê
Me aponta e me amarga
Zomba das minhas falas
Quero minha lata de Zyklon B.
Brasil as vezes fascista
De homens de muitas rezas
Que escondem a vida que levam
Conservadores, elitistas.
Posses soberbas, incultas
Com máscaras feito artistas
De sedução e repulsa.
Alguns meigos são meus
Outros sorrisos me assustam
Neste curral de Deus.
O pais, a falsa sociedade de Bolsonaro, a nova política fascista e a grande falsidade. - Jaime Baghá
A Libitina - Madame política fascista dos dias atuais.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022


 EU E VOCÊ

 Você gosta do Bozo, eu gosto do Lula

Você gosta do Ronaldo Caiado, eu do Pedro Stédile

Você gosta daquele bispo dos milagres, eu gosto de Leonardo Boff

Você gosta do Pinochet, eu gosto do Allende

Você gosta do Botha, eu do Mandela

Você gosta Bush, eu do Fidel

Você gosta do Vargas Losa, eu do Gabriel Garcia Marquez

Você gosta do Nixon, eu do Che Guevara

Você gosta do General  Custer, eu de Simon Bolívar

Você gosta do Thomas Edison, eu do Nicola Tesla

Você gosta do Pizarro, eu do Atahualpa Yupanqui

Você gosta do Avigdor Lieberman, eu gosto do Ilan Pappé

Você gosta do Churchill, eu gosto do Ghandi

Você  gosta do John Wayne, eu do Grande Otelo

Você gosta do Costa e Silva, eu do Brizola

Você gostas do Reagan, eu do Mitterrand

Você gosta de sertanejo, eu de moda de viola

Você gosta de balada, eu de Jazz

Você gostas do Olavo de Carvalho, eu do Ferreira Gullar

Você gosta do Stalin, eu do Sergei Prokofiev

Você gosta do General Franco, eu do Garcia Lorca

Você gosta dos dogmas, eu do Nietzsche

Você gosta da mão invisível, eu da Mais Valia

Você gosta do Salieri, eu de Mozart

Você gosta do Rupert  Murdoch, eu do Jean Baudrillard

Você gosta da América do Norte, eu da América Latina

Você é capitalista, eu socialista

Você gosta da Usina Belo Monte, eu dos Índios do Xingú

Você gosta de Caras, eu de Caros Amigos.

Você gosta da Veja, eu da “Cult”

Você gosta do Roberto Campos, eu do Darcy Ribeiro

Você gosta do Mickey, eu do Chico Bento

Você gosta da Wanessa Camargo, eu da Vanessa da Mata

Você gosta do Billy Graham, eu do Mather Luther king

Você gosta do Dale Carnegie, eu gosto do Bukowski

Você gosta do PAN ou do PRI mexicano, eu gosto do Subcomandante Marcos

Você gosta do Blacwater, eu do Sea Shepherd

Você gosta do Amado Batista, eu do Chico Buarque

Você gosta do bispo Macedo e eu do  Tenzin Gyatso   

Você gosta do Gustavo Lima e eu do Paulinho Moska

 Jaime Baghá  -  Eu com clareza.

domingo, 2 de outubro de 2022


 LA VEM O SOL

Senta ai

Alcance a cerveja

Olhe o mar

Encoste em mim

Escute comigo

Here Comes The Sun

Olha o sol

Olha pra mim

Gosto de star aqui

Com você

Assim.

 

Dos bons tempos depois de uma festa, de pegar a moto bem cedo e parar na Guarita de Torres ver o sol nascer nos dois. Jaime Baghá