segunda-feira, 7 de novembro de 2016


 “QUEM SABE EU TE ENCONTRO DE NOITE NO BAXO”**

Eu e meu amigo
Vivemos o melhor da vida
Após perda da inocência
Viramos ave da rapina
Águias
Havíamos cruzado um caminho
Adolescência
Paixões, desilusões
Coisas de meninos

Passamos as dores
Inocentes amores
Chegamos a pré-ideia adulta
Aprendemos a loucura
Sonhar, amar
Cabelos longos ao vento
Livres
Viagens e festas
Jovens reunidos
Caminhantes da beira do mar
Em risos soltos
Sem dores pra chorar.

Que saudades do apartamento
Velho sobrado encima do café
O AP do Baxo
Onde reunimos amigos
De guerra,
Festa e fé
Nosso point
Recôndito
Nosso lar
Solar de encontros
Encantos
Lugar de repouso
Esbórnia e sossego
Templo de meditação
Amigos de fuzarca
Risos por toda a noite
Sopa para curar a ressaca.

O melhor da vida
Encontro das namoradas
Amantes queridas
Perdidos e perdidas
Sonhos e cânhamos
Espumantes geladas

Há, nossa pós-inocência
Magnitude
Doce momento da juventude
Que ao descrever chorei
Pelo desaparecer
Por intensamente viver
Reviver
Feliz por passar
E nunca esquecer.
 Ao Maneca e também para os(as) queridos(as) amigos(as) de festas, de mares, de rock e carnavais, de estradas, acampamentos e fogueirinhas de papel. Khan, Didio, Eninho, Lucinha, Aurinha, Verinha, Nara, Rê, Flávia, Carminha e outros(as) que esporadicamente  compartilhavam a companhia.
Beto e Élder (in-memorian)
 ** Élder usou a frase de uma canção de Caetano para definir os encontros no velho sobrado, “quem sabe eu te encontro de noite no Baxo”, Baxo era o meu apelido entre os amigos mais íntimos.
 Jaime Baghá, com saudades.