terça-feira, 30 de julho de 2019


Neoliberalismo, o capital exterminador

Nosso sistema político e econômico é falho, mas não para uma minoria que vive da exploração. As pessoas votam pensando que estão contra o sistema, apoiam gente como Bolsonaro e Trump, que não são contra o sistema, mas sim, fazem um discurso mostrando as falhas deste sistema que eles mesmos criaram e conservam. As falhas no sistema econômico são uma clara na desregulamentação causada por eles que dizem que o conserto são os cortes nos gastos sociais. As pessoas querem mudar a vida e escolhem um populismo fascista, que põe a culpa nos negros, nos emigrantes, nordestinos e toda uma xenofobia, criando uma sociedade mais dividida e violenta.

Muitas pessoas levadas por uma propaganda midiática posam como antissistema, mas na verdade acabam apoiando ainda mais esse sistema opressor e vão piorando cada vez mais o quadro. É fácil tocar no sentimento do cidadão manipulável, que cada vez mais vão colocando no poder políticos fascistas comandados por grandes corporações, fazem uma terapia de choque, privatizam tudo, água, energia, saúde, educação, etc.; até chegar ao ponto em que a democracia se torna um problema para o neoliberalismo.

Milton Friedman um dos mais influentes economistas conservadores do século XX, professor da Escola de Chicago, criou seguidores em todo mundo e um neoliberalismo capitalista de mercado. Propôs a intervenção estatal mínima, a desregulamentação de tudo para funcionar bem, sem coibir o mercado e com o desaparecimento do setor público, privatizar tudo. Friedman achava que tinha que depurar tudo, sacrificando o povo e as causas sociais, deixando o capital eficaz somente para uma classe privilegiada. Sua experiência foi maior no Chile e na Argentina, mas se fosse tão boa porque ele nunca aplicou nos Estados Unidos?  Eles na sua insanidade acham que o estado de bem, limitava o crescimento, a mídia que nos deveria orientar, só aumenta a histeria. Cortes na saúde é um homicídio e os profissionais protestam os cidadãos alienados só sentem o grande engano quando eles necessitam dos cuidados médicos e não tem, quando suas aposentadorias se desvanecessem e todos seus benefícios conquistados a duras lutas são perdidos, é a alienação midiática controlado por um poder canalha.

Em muitos casos as pessoas cansaram de ouvir não, mesmo sendo vítimas elas só obedecem, não resistem, falta lhes uma visão e um projeto político que, quando acontece, cria-se uma propaganda enganosa colocando como vilões os benfeitores. O interessante nisto tudo é que, ao mudarmos um sistema mais voltado para o social, também mudamos os problemas climáticos, com menos poluição a mais valor ao verde. Eles falam em mudar separadamente, mas nos temos que juntar tudo, porque o sistema é um todo, se quiser diminuir a temperatura não podemos mais explorar petróleo, gás e carvão, nós já temos a alternativa, mas não usamos pelo lucro fácil ao poder, este mesmo que manipula o sistema e prega o neoliberalismo excludente e um capitalismo perverso. Temos que acabar com os subsídios fósseis e ter um alto imposto sobre o carbono, porque dinheiro tem, vivemos numa época de grande riqueza privada que só pensa numa insanidade de cada vez aumentar seus lucros sem a mínima compaixão e ver a miséria, a fome, a criminalidade e a extinção de sua própria espécie, numa loucura voraz pelo lucro, que de nada vai adiantar porque eles são a pragas do sistema, da espécie e do extermínio.

Jaime Baghá  – verão 2019 – As vezes fico angustiado por um futuro que não testemunharei.

segunda-feira, 1 de julho de 2019


SELVAGEM

O homem que ganhou a vida neste planeta, aos poucos vai destruindo o seu próprio habitat, seu próprio semelhante, numa ganância sem piedade para ao que há de vir, não pensa na preservação das espécies e da sua própria. O homem mata e corta sessenta bilhões de animais por ano, quase dez vezes a população humana, abate e come como se a vida nunca tivesse existido, não tivesse significado. Caça os animais silvestres, às vezes só pelo simples prazer do tiro, em quarenta anos metade dos animais selvagens terão desaparecidas, sessenta mil espécies não existirão até 2050.

O ritmo de morte é cem vezes mais que o natural entre os animais e as condições está reunido para a extinção massiva das espécies, então como não temer, que depois dos animais, das árvores, plantas em geral, os oceanos e outros seres vivos, o próximo da lista serão os seres humanos, morrendo num planeta destruído com numa ficção de horror.

A vida na terra é uma criação de beleza e harmonia, mas desde que o homem existe a história dos seres vivos foi transformada pela sua consciência, pela falta de consciência. Temos que reconsiderar a vida que nos rodeia, reatar com toda atenção e respeito de outros seres vivos, isto pode mudar e dar outro destino a nossa vida e nosso futuro. Selvagem não é a barbárie, selvagem não é o oposto da civilização, selvagem quer dizer “aquele que mora na floresta” que é minha casa interior, minha vida. Defender o selvagem e a floresta é defender a minha história e o meu planeta.

Quando mais observo este mundo selvagem, noto que ele é o guia que falta em meu caminho, a razão da minha existência e da minha felicidade. Se eu aprender a viver com harmonia com esta vida selvagem, eu voltaria a minha essência e seria de verdade um ser humano. É minha própria espécie que eu protegerei o amor por todos os seres vivos esta escondido dentro de mim, dentro de nós, precisamos libertá-lo, mas para isso temos que deixar abrir os olhos sobre o mundo e olhá-lo com respeito, do contrário, se continuar assim vamos todos fechar os  olhos para sempre.

Jaime Baghá  -  verão de 2019 – Fazendo uma análise do mundo e minha fuga da metrópole.