segunda-feira, 1 de julho de 2019


SELVAGEM

O homem que ganhou a vida neste planeta, aos poucos vai destruindo o seu próprio habitat, seu próprio semelhante, numa ganância sem piedade para ao que há de vir, não pensa na preservação das espécies e da sua própria. O homem mata e corta sessenta bilhões de animais por ano, quase dez vezes a população humana, abate e come como se a vida nunca tivesse existido, não tivesse significado. Caça os animais silvestres, às vezes só pelo simples prazer do tiro, em quarenta anos metade dos animais selvagens terão desaparecidas, sessenta mil espécies não existirão até 2050.

O ritmo de morte é cem vezes mais que o natural entre os animais e as condições está reunido para a extinção massiva das espécies, então como não temer, que depois dos animais, das árvores, plantas em geral, os oceanos e outros seres vivos, o próximo da lista serão os seres humanos, morrendo num planeta destruído com numa ficção de horror.

A vida na terra é uma criação de beleza e harmonia, mas desde que o homem existe a história dos seres vivos foi transformada pela sua consciência, pela falta de consciência. Temos que reconsiderar a vida que nos rodeia, reatar com toda atenção e respeito de outros seres vivos, isto pode mudar e dar outro destino a nossa vida e nosso futuro. Selvagem não é a barbárie, selvagem não é o oposto da civilização, selvagem quer dizer “aquele que mora na floresta” que é minha casa interior, minha vida. Defender o selvagem e a floresta é defender a minha história e o meu planeta.

Quando mais observo este mundo selvagem, noto que ele é o guia que falta em meu caminho, a razão da minha existência e da minha felicidade. Se eu aprender a viver com harmonia com esta vida selvagem, eu voltaria a minha essência e seria de verdade um ser humano. É minha própria espécie que eu protegerei o amor por todos os seres vivos esta escondido dentro de mim, dentro de nós, precisamos libertá-lo, mas para isso temos que deixar abrir os olhos sobre o mundo e olhá-lo com respeito, do contrário, se continuar assim vamos todos fechar os  olhos para sempre.

Jaime Baghá  -  verão de 2019 – Fazendo uma análise do mundo e minha fuga da metrópole.

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