sexta-feira, 26 de novembro de 2021


 Quadro: "O Grito", Edvard Munch

CÃNONE DO SILÊNCIO

Névoa, hiemal

Aqueci a sala fria

Olhos no teto

Prostrado numa ataraxia

 

Vinho na mão

Laudanizado

Meu suspiro de vulcão

Olhos parados

Na TV fora do ar

 

Relógio na parede

Tic-Tac compassado

Parabólica desligada

Cigarros pra pensar


Absintos

Láudanos

Euforia dos fatos

Uma noite vadia

Talvez encontre Tanatos

 

Entremeio as euforias

Talvez vire poesia

Ou então...

Nunca acordar.

 

Uma recaídaJaime Baghá

 

 


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