MORDAÇA
Aquela mulher simples do
interior
Na obrigação “do decente”
Já é escravizada na
semente
E morre a procura do amor
Da crendice a vida servil
Nos dias de tristes
rotinas
Amordaçada para não ser
libertina
Pelo asqueroso amante
senil
Vive assim com seu segredo
Da censura a amargura
Um anjo vivendo em degredo
E os desejos da mulher
menina
Ganhou o lar uma tumba
escura
E os sonhos uma amarga
sina.
Para aquelas mulheres que vivem e morrem pobres e que trabalham
sem descanso e a noite é objeto para alivio da libido e arrotos. Acabam seus
dias senis com depressão e angústias aplacados e ativados por barbitúricos
tarjas pretas –
Jaime Baghá
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