quarta-feira, 3 de novembro de 2021

MORDAÇA

Aquela mulher simples do interior

Na obrigação “do decente”

Já é escravizada na semente

E morre a procura do amor

 

Da crendice a vida servil

Nos dias de tristes rotinas

Amordaçada para não ser libertina

Pelo asqueroso amante senil

 

Vive assim com seu segredo

Da censura a amargura

Um anjo vivendo em degredo

 

E os desejos da mulher menina

Ganhou o lar uma tumba escura

E os sonhos uma amarga sina.

 

Para aquelas mulheres que vivem e morrem pobres e que trabalham sem descanso e a noite é objeto para alivio da libido e arrotos. Acabam seus dias senis com depressão e angústias aplacados e ativados por barbitúricos tarjas pretas Jaime Baghá

 

 

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