segunda-feira, 23 de novembro de 2020



 OS CRIMES AMBIENTAIS NO BRASIL

Ao longo de anos de maus tratos, a Amazônia Legal perdeu em torno de 900 mil quilômetros quadrados de florestas, correspondendo a aproximadamente 18,2% de sua área total, em torno de 5 milhões de km2, segundo estimativa do diretor do Departamento de Política para o Combate ao Desmatamento do Ministério de Meio Ambiente (DPCD/MMA), Francisco Oliveira.

A perda da cobertura natural vem influenciando o delicado equilíbrio ambiental na região, com reflexos sobre o clima no restante do país, aponta o renomado biólogo americano Philip Fearnside, pesquisador e coordenador de pesquisas em ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). “Entre outros serviços, a floresta recicla água, o que é crítico para as chuvas em São Paulo, inclusive; armazena carbono, evitando o agravamento do aquecimento global; e mantém a biodiversidade, que tem muitas utilidades econômicas, além de valores não econômicos”, anota Fearnside. Agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007, juntamente com a equipe do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Fearnside afirma que “a economia da região está quase toda baseada na destruição da floresta”, menosprezando o fato de que o valor dos serviços prestados pela mata ao homem é muitas vezes maior do que “o retorno da destruição”. Ele aponta o agronegócio como um dos principais “motores do desmatamento”, que tem apresentado índices decrescentes num período mais recente, mas ainda avança principalmente sobre regiões no entorno da “área indígena Parakanã, ao lado de Tucuruí, e das barragens do Rio Madeira e de Belo Monte, na rodovia BR-163, na Terra do Meio, no Sul do Amazonas e em Roraima”, diz ele. Toda a destruição da floresta tem a cumplicidade do governo federal e das corporações que agem de maneira insana e irresponsável, uma vergonha para os brasileiros conscientes e dos países do mundo, do qual recebem diversas críticas pela ganância e insanidade. (F) .  -  Jaime Baghá

Nenhum comentário: