OS CRIMES AMBIENTAIS NO BRASIL
Ao longo de anos de
maus tratos, a Amazônia Legal perdeu em torno de 900 mil quilômetros quadrados
de florestas, correspondendo a aproximadamente 18,2% de sua área total, em
torno de 5 milhões de km2, segundo estimativa do diretor do Departamento de
Política para o Combate ao Desmatamento do Ministério de Meio Ambiente
(DPCD/MMA), Francisco Oliveira.
A perda da cobertura
natural vem influenciando o delicado equilíbrio ambiental na região, com
reflexos sobre o clima no restante do país, aponta o renomado biólogo americano
Philip Fearnside, pesquisador e coordenador de pesquisas em ecologia do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). “Entre outros serviços, a
floresta recicla água, o que é crítico para as chuvas em São Paulo, inclusive;
armazena carbono, evitando o agravamento do aquecimento global; e mantém a
biodiversidade, que tem muitas utilidades econômicas, além de valores não
econômicos”, anota Fearnside. Agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007,
juntamente com a equipe do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC), Fearnside afirma que “a economia da região está quase toda baseada na
destruição da floresta”, menosprezando o fato de que o valor dos serviços prestados
pela mata ao homem é muitas vezes maior do que “o retorno da destruição”. Ele
aponta o agronegócio como um dos principais “motores do desmatamento”, que tem
apresentado índices decrescentes num período mais recente, mas ainda avança
principalmente sobre regiões no entorno da “área indígena Parakanã, ao lado de
Tucuruí, e das barragens do Rio Madeira e de Belo Monte, na rodovia BR-163, na
Terra do Meio, no Sul do Amazonas e em Roraima”, diz ele. Toda a destruição da
floresta tem a cumplicidade do governo federal e das corporações que agem de
maneira insana e irresponsável, uma vergonha para os brasileiros conscientes e
dos países do mundo, do qual recebem diversas críticas pela ganância e
insanidade. (F) . - Jaime Baghá
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