quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Alto - Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven;segunda fila - Franz Schubert, Frédéric Chopin, Richard Wagner, Pyotr Ilyich Tchaikovsky;terceira fila - Johannes Brahms, Antonín Dvořák, Igor Stravinsky, Dimitri Shostakovich;Última fila - Béla Bartók, George Gershwin, Heitor Villa-Lobos, Krzysztof Penderecki

A MÚSICA

Quando menino, perguntava a mim mesmo qual o sentido dos clássicos, óperas, dramas musicais que alguns, principalmente os mais velhos ouviam na discoteca Pública de Porto Alegre, onde eu gostava de ir e ficava a apreciá-los com seus fones no ouvido e com seus olhos fechados quase em transe.

 As dúvidas do belo, a intriga pelas viagens dos tenores, a graça das sopranos e a harmonia da orquestra, fizeram com que eu me aproximasse para entender aquela confusão de pessoas que em pouco tempo transformavam-se numa consonância perfeita.

 Hoje mais velho vivo a sensibilidade que esta aproximação me causou, agora tal quais os velhos que eu observava na infância, viajo pelas músicas com se estivesse na velha Discoteca Pública, com um pequeno lamento de não ter sido ainda menino levado a esta magia da música clássica.

 Talvez pela infância modesta e de pouco conhecimento, minha sensibilidade teve que esperar algum tempo para poder embalar a alma e os meus sentidos, que só os cânones pré-estabelecidos dos clássicos conseguem, e acredito que seja a paz de minha velhice e o doce embalo de minha imutável morte.

 Um dos significados da minha vida é a música Jaime Baghá

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