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Triboulet |
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
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Judiciário Brasileiro, periférico, opaco e desonesto. |
DESORDEM E RETROCESSO.
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Horário Eleitoral |
Ode aos Herdeiros Políticos.
Justiça |
sexta-feira, 13 de julho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
INDIGNAI-VOS
Jaime Baghá
domingo, 27 de maio de 2012
PINA
Ser Pina
É ousadia
Fragmentos
Ações e sentimentos
Suspense
Contraposições
Diagonais e progressões.
Ser Pina
É ser humano
Prisioneiro
Crueldade e abandono
É perda
Luto
Alegria e beleza.
Ser Pina
É liberdade
Paixão
Conflitos e história
É amor Lírico
Ternura e glória
Ser Pina
É absoluta
Minimalista
Além do artista
Elementos
Dança
Tempo e movimento.
Ser Pina
É dar forma
Sentir
Elegante e sutil
Nobre
Você
E o que te move
Ser Pina
É estar vivo
“Ou dançamos ou estamos perdidos”.
E se você puder, pode ser gloriosa como Deborah Colker.
Jaime Baghá
Pina, a bailarina que mistura tipos e seres em suas danças, a coreógrafa que conta histórias, misturando raças e etnias, mostrando que acima de tudo o mais importante é o ser humano, seus sentimentos e sua emoções. Pina mostra nossas paixões, ternura, timidez, seduções, alegrias e tormentos, é única, é uma lenda, é arte que me da prazer e me emociona, bem como a define Wim Wenders, é “sonho em movimento”. Vejam o filme “Pina”, documentário em 3D, uma homenagem de Wim Wenders a coreógrafa alemã.
domingo, 15 de abril de 2012

Ser governado é ser observado, inspecionado, espiado (no sentido de falta de privacidade tal como se entende hoje), dirigido, legislado, numerado, regulado, regulamentado, parqueado (enrolled), doutrinado, controlado, calculado, avaliado, censurado, por criaturas que não têm nem o direito nem a sabedoria nem a virtude para fazê-lo.
Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação. A cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido.
Ser governado é, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetida à contribuição, utilizado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado, e depois, a menor resistência, a primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado.
Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral, por isso sempre fui e sempre serei gauche, rebelde, irônico, com especial senso sardônico de humor negro, sempre com uma tendência de fazer o contrapeso lançando luz sobre uma área do pensamento que não esta sendo enfatizado, vivendo fora do consenso para manter meu olhar livre, pois é um problema viver numa sociedade que já não enfatiza e não pensa muito, ou nada. Assim como Nietzsche acho que os códigos morais são mentiras e fraudes com o objetivo de mascarar as forças e influenciar o comportamento humano, por isso viva todos os rebeldes, cults e ousados, viva todas as tribos que cospem nestes padrões pré-estabelecidos e nos seus demônios, destruidores do planeta, criadores da miséria e das guerras.
Assim como Proudhon
Jaime Baghá
Constatar o absurdo da vida não pode ser um fim, mas apenas um começo... A.Camus

Louis-Ferdinand Céline
domingo, 11 de março de 2012

No meio do caminho tinha uma pedra
o Estado
tinha uma pedra no meio do caminho
a Justiça
tinha uma pedra
a Miséria
no meio do caminho tinha uma pedra
a indiferença.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigada
louca, alucinada, medradas, esgazeadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
o abandono
tinha uma pedra no meio do caminho
a prisão
no meio do caminho tinha uma pedra
de Crack.
E agora José
Você que é sem nome
E tudo acabou
Não existe porta
Você marcha, Jose!
Jose, para onde?
Profanei a poesia de Drumond para ela não sair de moda, para ela ser a poesia da era das celebridades, (palavra infecta) blargh! Da mídia, Big Brothers, burros, chulos, Pânico e putarias. Dos políticos nojentos e suas confrarias, dos judiciários fedorentos e suas ignomínias, da sociedade alegoria, emergente, siliconada, esdrúxula e suas madames com botox e cara de bruxa, dos seus filhos violentos, bêbados, arruaceiros, internautas fofoqueiros, de parco ou nenhum conhecimento, formando o Brasil do futuro, pátria esperta, malandra, de políticos ladrões e cracolândias.
Jaime
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
“De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco.” (Michel Foucault)
“É preciso ter um caos dentro de si para dar a luz a uma estrela brilhante.” (Nietzsche)
“A loucura foi silenciada e encarcerada pela razão.” (Michel Foucault)

Nietzsche se superou como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuze, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma retomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, não cedeu diante as adversidades em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão.
"Por que você se assusta? O que acontece para a árvore, acontece também para o homem. Quanto mais deseja elevar-se para as alturas e para a luz, mais vigorosamente enterra suas raízes para baixo, para o horrendo e profundo: para o mal".
“Os homens de convicção simplesmente não tecem considerações no que toca aos fundamentos do valor e desvalor. Convicções são prisões. (...) A grande paixão usa e volta a usar convicções, não se submete a elas...” Friedrich Nietzsche

Então, em 1807 foi deixado aos cuidados de Ernst Zimmers, um carpinteiro que vivia em Tübingen e grande admirador da obra intitulada Hyperion. Sob o nome de "Scardanelli", Hölderlin escreveu ainda poemas, que contavam com grande estranhamento formal. Mesmo contando com alguns períodos de lucidez, não retornou mais ao convívio social. Durante os próximos 36 anos, permanecerá em um quarto em uma torre, às margens do rio Neckar, até 1843, ano de sua morte.
No mole chão andais
Do éter, gênios eleitos!
Ares divinos
Roçam-vos leve
Como dedos de artista
As cordas sagradas.
Como adormecidas
Criancinhas, eles
Respiram. Floresce-lhes
Resguardado o espírito
Em casto botão;
E os olhos felizes
Contemplam em paz
A luz que não morre.
Mas, ai! Nosso destino
É não descansar.
Míseros os homens
Lá se vão levados
Ao longo dos anos
De hora em hora como
A água, de um penhasco
A outro impelida,
Lá somem levados
Ao desconhecido.
F.Holderlin
Tradução Manoel Bandeira

Artaud foi encontrado morto no quarto de um sanatório onde estava internado. Versões para sua morte: câncer no reto (a oficial), intoxicação com heroína e morfina ou suicídio.
De onde venho?
Sou Antonin Artaud
e basta que eu o diga
Como só eu o sei dizer
e imediatamente
hão de ver meu corpo
atual,
voar em pedaços
e se juntar
sob dez mil aspectos
diversos.
Um novo corpo
no qual nunca mais
poderão esquecer.
Eu, Antonin Artaud, sou meu filho,
meu pai,
minha mãe,
e eu mesmo.
Eu represento Antonin Artaud!
Estou sempre morto.
Mas um vivo morto,
Um morto vivo.
Sou um morto
Sempre vivo.
A tragédia em cena já não me basta.
Quero transportá-la para minha vida.
Eu represento totalmente a minha vida.
Onde as pessoas procuram criar obras
de arte, eu pretendo mostrar o meu
espírito.
Não concebo uma obra de arte
dissociada da vida.
Eu, o senhor Antonin Artaud,
nascido em Marseille
no dia 4 de setembro de 1896,
eu sou Satã e eu sou Deus,
e pouco me importa a Virgem Maria.

Conheceu o futuro poeta e crítico de literatura Théophile Gautier, eles tornaram-se amigos para a vida. Aos vinte anos de idade Nerval publica a tradução de J.W. Faust von Goethe (1828), que o autor alemão elogiou.
Nerval foi o homenageado original do poema de Baudelaire, "Un voyage à Cythère", que mais tarde integrou a obra Les Fleurs du mal. Baudelaire também compartilhou com Nerval uma paixão pela Orient e haxixe - que ambos frequentam nas reuniões do famoso "Club des Hachischins" e escreveu sobre a droga.
Desde o início de 1840 até à sua morte, Nerval sofreu de intermitentes ataques de loucura; o seu primeiro colapso mental deu-se em fevereiro de 1841.
A mais importante coleção de poemas de Nerval, Les Chimères, foi publicada juntamente com a coletânea de contos Les filles du feu, em 1854. O último trabalho, em parte autobiográfico, foi Aurélia (1855), escrito em prosa lúcida, mas alucinante. O narrador descobre o poder dos sonhos e a sua fé no amor é restabelecida após a sua descida para a loucura, o mundo além da razão.
Nerval cometeu suicídio aos quarenta e seis anos de idade. Em Aurélia, o seu testamento espiritual, Nerval disse: "Eu disse a mim mesmo: é a noite eterna sobre nós, e as trevas serão terríveis. O que vai acontecer quando eles todos percebem que não há mais sol?". O corpo de Nerval foi encontrado a 26 de janeiro 1855, pendurado num parapeito na Rue de la Vielle Lanterne, um dos seus lugares preferidos em Paris. Durante algumas décadas, Nerval caiu no esquecimento, até que o romancista e crítico de Rémy de Gourmont produziu uma nova edição dos seus trabalhos em 1905.
Homem! Livre pensador! Serás o único que pensa
Neste mundo onde a vida cintila em cada ente?
De tuas forças tua liberdade dispõe naturalmente,
Mas teus conselhos todo o universo dispensa.
Honra na fera o espírito que fermenta…
Cada flor é uma alma em Natura nascente;
Um mistério de amor no metal reside dormente;
“Tudo é sensível!” E poderoso em teu ser se apresenta.
Receia, no muro cego, um olhar curioso:
À própria matéria encontra-se um verbo unido…
Não te sirvas dela para qualquer fim impiedoso!
Quase sempre no ser obscuro mora um Deus escondido.
E, como um olho novo coberto por suas pálpebras,
Um espírito puro medra sob a crosta das pedras!
Gérard de Nerval (Gérard Labrunie)

Sua primeira peça importante, Mestre Olof, de 1872, é um drama sobre a revolta contra as convenções sociais e todos os tipos de poder.
É reconhecido como escritor em 1879, com O Quarto Vermelho, primeiro romance naturalista da literatura sueca. As alucinações, visões e neuroses que tem no decorrer da vida não prejudicam sua criatividade, mas dificultam seus relacionamentos.
Casa-se e divorcia-se três vezes. Revela rancor contra as mulheres em várias peças, especialmente em O Pai (1887) e Senhorita Júlia (1899). Depois de 1883 vive em diversos países da Europa e se ocupa de experiências com alquimia e ciências ocultas. Volta à Suécia em 1897. Escreve de 1898 a 1904 as três partes da peça Para Damasco, precursora do teatro expressionista, que influencia inúmeros dramaturgos alemães. Morre de câncer, em Estocolmo.
http://www.algosobre.com.br/biografias/august-strindberg.html
Descemos à terra arenosa.
A palha dos campos ceifados cobriu nossos pés;
O pó das auto-estradas,
Fumaça das cidades,
Bafos de onça,
Fumos dos celeiros e das cozinhas,
Tudo suportamos.
Então, fugimos ao mar aberto,
Enchendo de ar nossos pulmões,
Batendo nossas asas,
Banhando nossos pés.
Indra, Senhor dos Céus,
Escutai-nos!
Ouvi nossos lamentos!
A terra está suja;
O mal é nossa vida;
O homem não pode ser salvo
Nem do bem nem do mal.
Vivem como podem,
Um dia de cada vez.
Filhos do pó, viajam por ele;
Nascidos do pó, ao pó retornam.
Receberam pés para se arrastarem,
Não asas para voar.
Cobrem-se ainda mais de pó –
Abraçando sua culpa
Ou a Tua?
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
Johan August Strindberg
* Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho de Aditi com o sábio Kashyapa
Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, e que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte.
Em 1922, Dalí foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas. Foi amigo do poeta Federico Garcia Lorca e do cineasta Luis Buñuel.


