quinta-feira, 26 de março de 2009


A NOSTALGIA DA LAMA *

Frequentei o Bar dos perdidos
Em conversas de subterrâneos
Acatando a razão dos enganos
Entre bêbados, drogados e esquecidos

Visitei a escória das bacantes pobres
Em meio a caterva dos indecentes
Laudanos, bebidas, amor ardente
Nunca achei companhias tão nobres

Amei o tugúrio dos edonistas
O doce prazer que engana
Os decadentes artistas

Sou o poeta devasso
A nostalgia da lama
O social em descompasso.

Como sempre amei os subterrâneos.

Minha homenagem a "Nostalgie de La Boue" de Baudelaire.

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