segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


ALMA BEAT

Por que nasci?
Para dizer confesso que vivi?!
Que vida é essa?
Que tenho vivido!
Se vou perdendo quem amo
Um a um
Os amigos queridos.
Ganho depressa a velhice
O desdém da sociedade hipócrita
Que só vê a sandice
Até perder a minha vida
Sem um mais.
Mas se o nada é nada!
E nascemos para perder!
Eu quero mais!
Para amar esse único
Existencialismo telúrico.
Quero fugir desse tédio
Como um beat rebelde!
Vagabundo sem remédio.
Quero a estrada
Como um Kerouac iluminado
Transgredir o melhor
No niilismo asfaltado.
Quero a vida!
Enquanto vida!

Para os Kerouacs, Ginsbergs, Burroughs e outros que insistem em ser vagabundos.

Baghá, outono de 2005.

Nenhum comentário: