Eu Baghá, as vezes saio à esmo pelas ruas do Morro das Mortesno desvario de achar um boteco para o meu iluminismo fluorescente encontrar um papo cabeça para eu poder destilar meu macunaismo indecente. Estou no sedentarismo metafísico e de tanto ouvir reza e cultos no altofalante da província, quase um existencialista arrependido, um velho na contramão da cultura arcaica, olhando de longe a Velha da Foice, quase puxando a cordinha da descarga para o nada, expiar meu pecado original, do meu miasma niilista. Mas aí chega outros caminhantes, Kerouacs modernos, amigos de estradas, para aplacar minhas angústias.
MEU QUERUBIM
Quando eu nasci apareceu um anjo Não era o torto de Drumond Era um anjo de pessimismo irônico Non-Sense, vanguarda Vagabundo, surrealista, abstrato Amante do absurdo Menos da guarda Vinha marcando presença Desde a figura trágica de Prometeu Dadaístas Geração Beat Agora, Eu.
Lia "Flores do Mal, "Versos ìntimos" Louco como o anjo de Torquato Metido a "enfant terríble" Niilista Frequentou o "Salon des Refusés" Tinha o cheiro doce dos simbolistas Tímido, espalhafatoso Meio artista.
Então, olhou-me com cara de safado Deu-me dois tapinhas nas costas E assim falou de súbito Vai Baghá Vai viver na contramão E chutar a bunda dos estúpidos.
O homem inventou o e-mail porque não consegue ser inteiro. Será que é devaneio ou será que é verdadeiro? Porque não consegue ser inteiro o homem inventou o e-mail. Será que é devaneio? Será que é verdadeiro? O homem inventou o e-mail
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