quinta-feira, 14 de outubro de 2021

NADA

No imperativo do distúrbio

Todos os encantos me parecem nada

A lua por trás do farol

Os sorrisos das meninas que passam para a escola

O clássico na antiga vitrola

O perfume de flores no ar

O canto da cigarra

No silêncio do interior

Tudo me parece nada

Quando se vai ao nada

Quando já se é quase nada

E o tudo querendo ser nada

Apenas um fio tênue de nada

Separa-me do nada infinito.

 O que eu sou algumas vezes. – Jaime Baghá

 

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