A REVOLTA DOS DÂNDIS
Por
ser aceito
Convidado
Estava
ali
Frente
aos confrades sentados
Falei-lhes
Sem,
no entanto saber
O
que nunca haviam escutado.
Falei-lhes
de Caetano
Lina
Bo Bardi e Glauber
Betinho,
mil planos
Henfyl,
Brasil
De
poesias
Sonhos
e de Elis
De
músicas e arte latina
E
coisas do meu país.
Então
o grupo
De
vazia Sabedoria
Lançou-me
um olhar de soslaio
Em
clara xenofobia
E
numa emulação
Jogaram
ao abandono
O
meu brâmane companhia.
Dândis
interioranos
Continuam
ao meu lado
Arredios,
desconfiados
Olhando-me
de longe
Amedrontados
Alguns
se aproximam
Comigo
mais análogos
E
assim passam os dias
Eu
continuo a sorrir
Com
ares de melancolia.
Tantas
situações
Podíamos
deixar viver
Ditirambos
Subversões
Contos
e ficções
Eu
profícuo, com visões
Mas
inviso
Um
inovador reaça
Como
um personagem de Kafka.
Uma poesia ao “conselho de cultura” do interior que
teve uma curta vida, que adoravam festas particulares, roupas “demarca”,
fardamento escrito nas costas dizendo que eram do conselho de cultura da
província de maneira pueril. Um regular grupo de eventos, e parco conhecimento,
só isso. – Jaime
Baghá
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