quarta-feira, 8 de julho de 2020



NADA
No imperativo do distúrbio
Todos os encantos me parecem nada
A lua por trás do farol
Os sorrisos das meninas que passam para a escola
O clássico na antiga vitrola
O perfume de flores no ar
O canto da cigarra
No silêncio do interior
Tudo me parece nada
Quando se vai ao nada
Quando já se é quase nada
E o tudo querendo ser nada
Apenas um fio tênue de nada
Separa-me do nada infinito.

 O que eu sou algumas vezes. – Jaime Baghá


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