domingo, 15 de junho de 2014



UM NOVO DISCURSO ECONÔMICO

Não sou economista e não entendo de economia, até acho chato um papo sobre o assunto, mas sou um bom observador do que acontece no mundo, e também um explorado pelo poder econômico. Estou sempre atento e sou um voraz leitor de política nacional e mundial, portanto, desde a crise de 2008 (e há muito tempo) venho observando com muita atenção como está o bem estar da humanidade, a desigualdade, a concentração de riquezas, o capitalismo financeiro cruel, com seus excessos e escândalos na distribuição das riquezas na mão de uma minoria com uma ganância imensurável, que ataca de todas as maneiras políticas, corruptas e desonestas para obter o lucro a qualquer custo. Se não houver controle fiscal, uma taxação sobre as grandes fortunas e heranças (a riqueza hereditária), caminharemos para o caos. 
Tomando conhecimento da recente publicação do livro “O Capital no século XXI” do professor na Escola de Economia de Paris Thomas Piketty, encontrei juntamente com a crítica racional de outros profissionais de renome na área, alguém que está dizendo que o rei está nu, sobre a disparidade econômica que os malandros de plantão nos impunham uma mordaça. 
Vejam o que fala Piketty: “Necessitamos de mais transparência democrática sobre as dinâmicas da riqueza, de modo que possamos ajustar as nossas instituições e políticas, ao que quer que seja que observemos”. Diz ainda que: “as tendências mais recentes sobre a desigualdade da riqueza é limitada, sobretudo em virtude do crescimento gigantesco em ativos financeiros transfronteiriços e na riqueza em paraísos fiscais”, e propõe uma política fiscal sobre a riqueza, informações, transparências, fontes de informações confiáveis sobre a dinâmica da riqueza. 
Diz para mim, caso você não seja é um especulador, não é exatamente isso que você pensa? Não precisa ser economista para ver toda a safadeza econômica do mundo, e veja bem, a publicação de Thomas Piketty não vem com um fundo político, sua tese foge da ortodoxia marxista, é acadêmico com números inegáveis, não é ideologia, é acadêmico puramente. 
Tem alguns comentários como do filósofo esloveno Slavoj Zizek, que elogia e chama de utópico, mas depois daquele fora sobre a Líbia e o Oriente Médio, não se pode confiar em tudo o que Zizek fala. Tem críticas evasivas de economistas das grandes corporações e publicações podres como da apócrifa e sem crédito revista Veja. Mas sem dúvida o livro é um best-seller, elogiado por especialistas, pelos maiores economistas do mundo e sacudiu o universo da economia mundial. 
Não vou me estender porque não sou um especialista, sou apenas mais um da classe trabalhadora roubado, que sofre com a especulação de banqueiros e executivos inescrupulosos que se tentava esconder debaixo do tapete (sob o controle da mídia), desviando qualquer assunto sobre as desigualdades sociais. Leiam melhores especialistas sobre esta questão e o próprio livro de Pickett. Afinal tu não sentes, mas há muito tempo tem gente colocando a mão no teu bolso, aquela mão invisível. 

Jaime Baghá.


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