sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


URBANOS

Escuto o som dos teus passos
Sorrio como um ator
Não engano mais meus sentidos
Procuro personagens
Para o disfarce.

Minha alegoria é hipócrita
E minha chances ilusórias
Como você
Na névoa da noite
Como o amor que bate em minha porta.

Gosto do seu tique
De assoprar o cabelo
Que cobre teus olhos
Você na névoa
Na luz como chamas
Me faz verdadeiro.

Abro os braços na noite
Na conformidade com o real
E você me abraça
Mancha minha camisa
Da maquiagem carregada.

O batom vermelho
Tem suave sabor
Cinta liga, saia de franja
Um velho passa
Com olhar de soslaio
Reflexos da luz
No teu rosto lânguido.

Meu coração te ama
Você lascíva
Estranha
Somos iguais nos enganos
Te sinto outra vez
Depois te abandono.

Num beco qualquer da metrópole – Jaime Baghá

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