Neoliberalismo, o capital exterminador
Nosso sistema político e
econômico é falho, mas não para uma minoria que vive da exploração. As pessoas
votam pensando que estão contra o sistema, apoiam gente como Bolsonaro e Trump,
que não são contra o sistema, mas sim, fazem um discurso mostrando as falhas
deste sistema que eles mesmos criaram e conservam. As falhas no sistema
econômico são uma clara na desregulamentação causada por eles que dizem que o
conserto são os cortes nos gastos sociais. As pessoas querem mudar a vida e
escolhem um populismo fascista, que põe a culpa nos negros, nos emigrantes,
nordestinos e toda uma xenofobia, criando uma sociedade mais dividida e
violenta.
Muitas pessoas levadas por uma
propaganda midiática posam como antissistema, mas na verdade acabam apoiando
ainda mais esse sistema opressor e vão piorando cada vez mais o quadro. É fácil
tocar no sentimento do cidadão manipulável, que cada vez mais vão colocando no
poder políticos fascistas comandados por grandes corporações, fazem uma terapia
de choque, privatizam tudo, água, energia, saúde, educação, etc.; até chegar ao
ponto em que a democracia se torna um problema para o neoliberalismo.
Milton Friedman um dos mais
influentes economistas conservadores do século XX, professor da Escola de
Chicago, criou seguidores em todo mundo e um neoliberalismo capitalista de
mercado. Propôs a intervenção estatal mínima, a desregulamentação de tudo para funcionar
bem, sem coibir o mercado e com o desaparecimento do setor público, privatizar
tudo. Friedman achava que tinha que depurar tudo, sacrificando o povo e as
causas sociais, deixando o capital eficaz somente para uma classe privilegiada.
Sua experiência foi maior no Chile e na Argentina, mas se fosse tão boa porque
ele nunca aplicou nos Estados Unidos?
Eles na sua insanidade acham que o estado de bem, limitava o crescimento,
a mídia que nos deveria orientar, só aumenta a histeria. Cortes na saúde é um
homicídio e os profissionais protestam os cidadãos alienados só sentem o grande
engano quando eles necessitam dos cuidados médicos e não tem, quando suas
aposentadorias se desvanecessem e todos seus benefícios conquistados a duras
lutas são perdidos, é a alienação midiática controlado por um poder canalha.
Em muitos casos as pessoas
cansaram de ouvir não, mesmo sendo vítimas elas só obedecem, não resistem,
falta lhes uma visão e um projeto político que, quando acontece, cria-se uma
propaganda enganosa colocando como vilões os benfeitores. O interessante nisto
tudo é que, ao mudarmos um sistema mais voltado para o social, também mudamos
os problemas climáticos, com menos poluição a mais valor ao verde. Eles falam
em mudar separadamente, mas nos temos que juntar tudo, porque o sistema é um
todo, se quiser diminuir a temperatura não podemos mais explorar petróleo, gás
e carvão, nós já temos a alternativa, mas não usamos pelo lucro fácil ao poder,
este mesmo que manipula o sistema e prega o neoliberalismo excludente e um
capitalismo perverso. Temos que acabar com os subsídios fósseis e ter um alto
imposto sobre o carbono, porque dinheiro tem, vivemos
numa época de grande riqueza privada que só pensa numa insanidade de cada vez
aumentar seus lucros sem a mínima compaixão e ver a miséria, a fome, a
criminalidade e a extinção de sua própria espécie, numa loucura voraz pelo
lucro, que de nada vai adiantar porque eles são a pragas do sistema, da espécie
e do extermínio.
Jaime Baghá – verão
2019 – As vezes fico angustiado por um futuro que não testemunharei.
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