SELVAGEM
O homem que ganhou a vida neste
planeta, aos poucos vai destruindo o seu próprio habitat, seu próprio
semelhante, numa ganância sem piedade para ao que há de vir, não pensa na preservação
das espécies e da sua própria. O homem mata e corta sessenta bilhões de animais
por ano, quase dez vezes a população humana, abate e come como se a vida nunca
tivesse existido, não tivesse significado. Caça os animais silvestres, às vezes
só pelo simples prazer do tiro, em quarenta anos metade dos animais selvagens
terão desaparecidas, sessenta mil espécies não existirão até 2050.
O ritmo de morte é cem vezes mais
que o natural entre os animais e as condições está reunido para a extinção
massiva das espécies, então como não temer, que depois dos animais, das árvores,
plantas em geral, os oceanos e outros seres vivos, o próximo da lista serão os
seres humanos, morrendo num planeta destruído com numa ficção de horror.
A vida na terra é uma criação de
beleza e harmonia, mas desde que o homem existe a história dos seres vivos foi
transformada pela sua consciência, pela falta de consciência. Temos que
reconsiderar a vida que nos rodeia, reatar com toda atenção e respeito de
outros seres vivos, isto pode mudar e dar outro destino a nossa vida e nosso
futuro. Selvagem não é a barbárie, selvagem não é o oposto da civilização,
selvagem quer dizer “aquele que mora na floresta” que é minha casa interior,
minha vida. Defender o selvagem e a floresta é defender a minha história e o
meu planeta.
Quando mais observo este mundo selvagem,
noto que ele é o guia que falta em meu caminho, a razão da minha existência e
da minha felicidade. Se eu aprender a viver com harmonia com esta vida
selvagem, eu voltaria a minha essência e seria de verdade um ser humano. É
minha própria espécie que eu protegerei o amor por todos os seres vivos esta
escondido dentro de mim, dentro de nós, precisamos libertá-lo, mas para isso
temos que deixar abrir os olhos sobre o mundo e olhá-lo com respeito, do
contrário, se continuar assim vamos todos fechar os olhos para sempre.
Jaime Baghá -
verão de 2019 – Fazendo uma análise do mundo e minha fuga da metrópole.
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