Eduardo Galeano - foto de Eugênio Mazzinghi |
“A utopia
está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe,
jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não
deixe de caminhar”.
“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de
casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais
do que o corpo e a missa mais do que Deus”.
“Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória dos outros.
Nossa riqueza sempre gerou nossa pobreza por nutrir a prosperidade alheia: os
impérios e seus beleguins nativos”.
”A pobreza antes era considerada obra da injustiça. O mundo moderno considera a pobreza incapacidade”.
“Na América Latina, a liberdade de expressão consiste no
direito ao resmungo em algum rádio ou em jornais de escassa circulação. Os
livros não precisam ser proibidos pela polícia: os preços já os proíbem.”
Acima frases de Eduardo Galeano, escritor, ensaísta, historiador e ficcionista, Galeano morreu aos 74 anos nesta sexta-feira 13 de abril de 2015. Autor de obras como: “As Veias Abertas da América Latina”, “Memórias de Fogo”, “Dias de Noites de Amor e Guerra” entre outros. Comecei entender mais sobre o continente na juventude com As Veias Abertas, publicado em 1971, onde aprendi a admirar Galeano que desvendou para mim e a muitos outros jovens a alma da América Latina, como a voz mais crítica da literatura latino-americana.
Jaime Baghá - Um latino americano
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