BAGHÁ O OBSCURO * (ou Ápeiron)
Amanheci
interiorano
Vou
para beira do mar
Escrever
no promontório
Ficar
longe dos Dórios
Que
sabem pouco o amar.
Além
dos desenganos
Sinto
o ar do oceano
Longe
da afasia
Solitário
Manhã,
cedo
Parado
numa ataraxia
Sem
a lira
Sem
enredo
Mas
poeta
Mais
Aedo.
Esqueço
os simples mortais
Suas
banais cerimônias
Viajo
pelo éter astral
No
arque das cosmogonias
E
os pífios de tão cegos
De
quase vazios cérebros
Escolheram
seus destinos
Vão
para as sombras de Érebos.
Não
quero suserania
Só
etéreo em meu ego
Viajar
nas poesias
Como
Homero o cego
Indiferente
aos povos
Quero
ter a plenitude
Na
harmonia do logos.
Não
cultuo rapsódias
Como
o senhor do certo
Acho
que são paródias
De
um poeta eclético
Pois
a moral de tudo
É
que vivo neste mundo
Uma
odisseia louca
Um
Ulisses vagabundo.
Uma analogia a Heráclito de Éfeso – Jaime Bagh
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