O Caos capital das corporações
Você
vive no mundo da fantasia, de uma fantasia macabra onde instituições e
corporações influenciam violentamente a política pública e transformam-se em
armas financeiras de destruição de massa. O capitalismo não tem se saído muito
bem ao lado da produção e estou falando dos bens de serviço, aquelas que são
para satisfazer as necessidades humanas, o forte deles é a especulação
financeira e para isso obtém a ajuda da mídia com os seus trabalhos de alienação
e desvio da opinião pública. Pelos jornais, rádios, televisão, as pessoas são
informadas que precisam se sacrificar e aceitarem os cortes nos gastos sociais,
terem menos direitos e benefícios trabalhistas, tem é que encarar a destruição
da economia em nome de uma maravilhosa ciência econômica. Esta bobeira coletiva
é incapaz de enxergar o verdadeiro problema e o manipulado briga com o próprio
amigo. Com parte da sociedade desorientada, imbecilizada, o poder do capital
exerce uma grande força controlando o seu discurso, a mídia se especializou em
dizer que o problema não é o capital e o tolo os segue com um zumbi. Colocam a
culpa nos miseráreis, nos negros, nos imigrantes, nos refugiados, culpa todo
mundo, mas nunca se toca na questão central das contradições do capital que lhe
domina e lhe rouba. É o grande equívoco econômico que soa como um senso comum,
como uma economia doméstica, meu amigo, tua economia doméstica não coleta
impostos e não imprime dinheiro. A globalização que deixou circular a riqueza
dos grupos privilegiados desarticulou ate velha base tributaria das políticas
keynesianas onde prevaleciam os impostos diretos sobre a renda e a riqueza e
vão contra até os mais renomados economistas, como o francês Thomas Piketty que
foi o grande responsável por colocar novamente a desigualdade de renda e
riqueza como uma questão política importante. Muito do sucesso capitalista e
predatório das corporações foi aprender a combater as lutas dos trabalhadores,
em grande parte graças a ajuda de um povo sem conhecimento, que manipulados,
foram para a rua fantasiados de amarelo pedindo a sua própria ruína, mas não é
só aqui. Como falou David Harvey, o mundo vive um estado de loucura, com uma
população alienada e cega contra seus próprios direitos.
Jaime
Baghá
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