INOCÊNCIA
A menina do interior
Com seu par agreste
Fugiu para a metrópole
Com todas as ilusões
Para sonhar e ver as luzes.
De menina a garota
Caminhar miúdo, compassado
Dançando sobre as avenidas
Nas noites eternas
Com vida, muitas vidas.
Muito louca, ficou mulher
Encontrou um amante
Astucioso, de fala mansa
Seu caso urbano
Cáften, profano
Quantos caminhos e desvios
Menina do interior
De olhar vazio
De sonhos e luzes
Você vai cruzar, penar
Um dia perdida
Só e dividida
Voltará ao interior
Mulher e falada
Para tentar sonhar
Viver, amar e sofrer
Calar, consentir
Obedecer e morrer
Com um novo par
Que nunca viu as luzes.
Para algumas esta é a história do êxodo rural para a metrópole e a volta. Jaime Baghá.
CONVERSA COM O PRIMO
Eu sou a menina
Do cantinho do interior
Que sorri a malícia
Cercada de inquisidor
Menina e mulher
Transa e amor
Fuga para a capital
Aqui ou lá
Tudo igual
Eu sou a mulher
Deste canto
Brega moderno
Faço tudo que eu quero
E tu com isso
Santermo.
A busca da independência que muitas vezes transforma-se num cárcere. Jaime Baghá
Eu sou a menina
Do cantinho do interior
Que sorri a malícia
Cercada de inquisidor
Menina e mulher
Transa e amor
Fuga para a capital
Aqui ou lá
Tudo igual
Eu sou a mulher
Deste canto
Brega moderno
Faço tudo que eu quero
E tu com isso
Santermo.
A busca da independência que muitas vezes transforma-se num cárcere. Jaime Baghá
A MALTA E O POETA
Oculto para ouvir clássicos
Solitário em minhas óperas
Longe da chalaça ativa
Da grande orgia nativa
Vivem de prato e bispote
Pandulho cheio e mente vazia
Plutocracia de dotes
Suprimindo a poesia
Alguns urbanos vivem assim
Em eternas futricas
De intrigas e rezarias
De grandes ostentações ridículas
Se amassem arte e vida
O poeta absolveria
A loucura coletiva
Há uma minoria de arruaceiros que se denominam “bem nascidos” que infernizam o pequeno paraíso. Jaime Baghá
Oculto para ouvir clássicos
Solitário em minhas óperas
Longe da chalaça ativa
Da grande orgia nativa
Vivem de prato e bispote
Pandulho cheio e mente vazia
Plutocracia de dotes
Suprimindo a poesia
Alguns urbanos vivem assim
Em eternas futricas
De intrigas e rezarias
De grandes ostentações ridículas
Se amassem arte e vida
O poeta absolveria
A loucura coletiva
Há uma minoria de arruaceiros que se denominam “bem nascidos” que infernizam o pequeno paraíso. Jaime Baghá
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