UM NOVO DISCURSO ECONÔMICO
Não sou economista e não entendo
de economia, até acho chato um papo sobre o assunto, mas sou um bom observador
do que acontece no mundo, e também um explorado pelo poder econômico. Estou
sempre atento e sou um voraz leitor de política nacional e mundial, portanto,
desde a crise de 2008 (e há muito tempo) venho observando com muita atenção
como está o bem estar da humanidade, a desigualdade, a concentração de
riquezas, o capitalismo financeiro cruel, com seus excessos e escândalos na
distribuição das riquezas na mão de uma minoria com uma ganância imensurável,
que ataca de todas as maneiras políticas, corruptas e desonestas para obter o
lucro a qualquer custo. Se não houver controle fiscal, uma taxação sobre as
grandes fortunas e heranças (a riqueza hereditária), caminharemos para o caos.
Tomando conhecimento da recente
publicação do livro “O Capital no século XXI” do professor na Escola de
Economia de Paris Thomas Piketty, encontrei juntamente com a crítica racional
de outros profissionais de renome na área, alguém que está dizendo que o rei
está nu, sobre a disparidade econômica que os malandros de plantão nos impunham
uma mordaça.
Vejam o que fala Piketty: “Necessitamos
de mais transparência democrática sobre as dinâmicas da riqueza, de modo que
possamos ajustar as nossas instituições e políticas, ao que quer que seja que
observemos”. Diz ainda que: “as tendências mais recentes sobre a desigualdade
da riqueza é limitada, sobretudo em virtude do crescimento gigantesco em ativos
financeiros transfronteiriços e na riqueza em paraísos fiscais”, e propõe uma
política fiscal sobre a riqueza, informações, transparências, fontes de
informações confiáveis sobre a dinâmica da riqueza.
Diz para mim, caso você não seja é
um especulador, não é exatamente isso que você pensa? Não precisa ser
economista para ver toda a safadeza econômica do mundo, e veja bem, a
publicação de Thomas Piketty não vem com um fundo político, sua tese foge da
ortodoxia marxista, é acadêmico com números inegáveis, não é ideologia, é
acadêmico puramente.
Tem alguns comentários como do
filósofo esloveno Slavoj Zizek, que elogia e chama de utópico, mas depois
daquele fora sobre a Líbia e o Oriente Médio, não se pode confiar em tudo o que
Zizek fala. Tem críticas evasivas de economistas das grandes corporações e publicações
podres como da apócrifa e sem crédito revista Veja. Mas sem dúvida o livro é um
best-seller, elogiado por especialistas, pelos maiores economistas do mundo e
sacudiu o universo da economia mundial.
Não vou me estender porque não
sou um especialista, sou apenas mais um da classe trabalhadora roubado, que
sofre com a especulação de banqueiros e executivos inescrupulosos que se
tentava esconder debaixo do tapete (sob o controle da mídia), desviando qualquer
assunto sobre as desigualdades sociais. Leiam melhores especialistas sobre esta
questão e o próprio livro de Pickett. Afinal tu não sentes, mas há muito tempo
tem gente colocando a mão no teu bolso, aquela mão invisível.
Jaime Baghá.
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