LIMITE
Livra-te da condição humana
Do teu semelhante danado
Que por ganância engana
Do amor que foi negado
Da incompreensão que te
profana.
Acabe com teu tormento
Procure a tua droga
Com a classe dos perdidos
Ao som da ópera majestosa
Dissolva teus elementos
Não chore sozinho poeta
Tenha a grande solução
Termine teu sofrimento
Acabe com tua dor
Use a dissolução
Tua alma vai ao nada
Como tua vida mutilada
Tua amargura latente
Tendo como escora as palavras
E paraísos inexistentes.
Vá para o céu ou inferno
Para o corredor dos
desesperados
Ou para o nada eterno
Mas, livra-te do que te dana
Da podre condição humana.
O inferno do outro. – Jaime
outono 2005
DOUS
Tenho duas vidas
Uma é o acaso
A outra
Entre os labirintos das
palavras.
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