SOLIDÃO
As vezes é difícil viver na penumbra
Em meio à anomia provinciana
Fica uma viagem maluca
Sonhando o lúdico
Em meio aos personagens
surdos
Em derrisão
Imbecis de hilárias
bisbilhoteiras
Rindo da própria estupidez
Das piadas da elite retrógada
Da falta de lucidez.
As vezes não é fácil viver mudo
Solitário
Lendo “Poema Sujo”
Sem ter alguém para comentar
Sair para as ruas
Sem ter alguém para ouvir
Sem ninguém para falar
Às vezes é difícil viver a erudição
Em meio a pouca educação
Inclusive dos mais próximos
Que vivem do ócio
Alguns infernais
Toscos de feridas expostas
De agressivas respostas
E a mente vazia
Sem estro
Sem vida
Sem sonhos
E poesia.
Como dizia Mario de Andrade, “Eu insulto o burguês funesto”. Jaime
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