NA NOITE
Na noite não
há nomes reais
Maria é
Pamela
Berenice é
Jennifer
Raimunda é
Shirley.
Na noite
tudo é falso irreal
Na noite não
há pedras no meio do caminho
Há o tabefe,
o calor, o tato.
A noite vem
sempre a palo seco
A noite vem
sempre a falo duro
A noite
quase não se fala.
As atitudes,
os gestos, a bofetada, o carinho
Os amores,
os prazeres, o ódio e o dinheiro são crus
A noite
quase não se fala
A noite tudo
é acústico
A noite é
injusta
Entre uma
felação e outra
Entre morte
e vida
Severina,
agora Ariadne, lê poemas de João Cabral de Melo Neto.
Jaime
Baghá
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