A GARÇA
Havia um casal de garças
belas
Com cores de forte
aquarela
Hoje uma somente
Grita a procura dela.
A terra não é minha
A garça não me pertence
O tolo caçador com um tiro
Mostra a extinção
eminente.
Houve épocas de espécie
mil
A garça que já foi cegonha
Nos alerta para a vergonha
Com seu solitário pio.
Talvez a garça
Num esforço derradeiro
Encontre outro parceiro
Na luta á preservar a
espécie
E eu a veja num alegre pio
E minha dor desaparece.
1991 numa casa solitária entre montanhas e matos, vendo
a tolice do almofadinha urbano. Jaime Baghá
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