MALDITO
Que a voz não vai alcançar
Meu ser no nada, no infinito
Alma dispersa a vagar.
Não pense em meu nome maldito
Sinônimo de ruína moral
Sem norte, com luxúrias e
vícios
Sem senso, loucura um chacal.
Mão sonhe meu nome, um
pesadelo
Que no mundo anda perdido
Nunca amor e desvelo
Soturno, noturno, escondido.
Não evoques meu satânico nome
em vão
Não chore jamais por mim
Pois eu sou a perdição
Que um dia quis ser querubim.
Jaime Baghá – Outono 2000
O termo
escritor maldito os quais eu admiro é de vida a margem da sociedade. O típico
“hipster” sabe? Não curto muito o suposto certinho, aquele conservador falso da
moral e dos bons costumes. Curto o cara que rejeita as convenções sociais, as
regrinhas do cotidiano sem sentido, mas reproduzidas por hábito. O sujeito que
não se liga muito de pertencer a qualquer ideologia dominante.
Admiro o cara
que vive a margem, que despreza alguns protocolos sociais, ou boa parte deles,
no mínimo vai escandalizar alguma “otoridade” em dado momento, por isso eis
meus escritos e minhas posições.
Mas citando
Orwell: numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato
revolucionário.
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