quinta-feira, 26 de março de 2009
ESCÓRIA
Uma cria parda, têz insalubre
Pai, um pária, amante dos destilados
Mãe, vida fácil, amante dos desvairados
Vida bastarda, trejeitos rudes
Vai conhecer outro sujo, bastardo
Tal qual o pai, confraria dos pulhas
Assim como a mãe, madame amargura
Para o moto-contínuo dos desgraçados
Acostuma-te a vida miserável
Ao desdém dos bem nascidos intragáveis
Pega os restos que te são oferecidos
Revolta-te contra o estado que te marca
Saqueia e mata o carrasco de tua via sacra
Ou ora a teu deus na procissão dos esquecidos
*Imagens: Paulo Freire, Bertold Brecht, P. J. Proudhon, Eduardo Galeano
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