terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A GENIALIDADE DA LOUCURA

O que devemos denominar como loucura? Muita gente caracterizada como loucos os que acabaram em manicômios, em sarjetas e no mais completo abandono, deixaram-nos um legado artístico de notável poder criativo, mostrando que criatividade e doença mental sempre andaram muito próximas. A loucura para muitos foi, e ainda é, uma fonte de energia criativa, para muitos artistas é mais do que um colapso, era outro modo de raciocinar além do racional. Ao caracterizarem Edgar Alan Poe como louco, ele respondeu: “Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência”, e junto com Alan Poe temos uma lista muito grande de nomes célebres, alguns com graves transtornos psíquicos. Beethoven, John Nash, Ângelo de Lima Porto, Clarice Lispector, Jakob Michael Lenz, Clemens Brentano, Lord Byron, Tolstoi, Rachmaninov, Tchaikósvki, Robert Schumann, Camille Clauder, Virginia Woolf, Mary Shelley e tantos outros fazem parte desta lista. Ainda hoje temos constantes notícias de artistas com fixações estranhas, dependentes de álcool e drogas, numa loucura que atormenta suas mentes criativas. Amy Winehouse foi a perda mais recente, mas a lista é interminável e antiguíssima. Platão falara de uma “loucura divina” como base fundamental de toda criatividade, e o que dizem é que esta criatividade depende dos loucos, pois o homem sensato acolhe o mundo como ele é; apenas os loucos ousam mudar. Eu, Jaime Baghá, que também tenho um pé (ou a cabeça) na loucura, por amar demais toda esta arte e seus criadores e por achar que todo nosso progresso e processo criativo dependem deles, mostro seus personagens e seus devaneios lógicos. Mas, e a realidade? Ora, “o que me interessa a realidade se vivo dentro de um sonho”. Jaime Baghá.


“Ora, pois e que escarneça do escárnio a jubilosa loucura, quando súbito se apodera dos poetas em noite sagrada.” (Hölderlin)

“De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco.” (Michel Foucault)

“É preciso ter um caos dentro de si para dar a luz a uma estrela brilhante.” (Nietzsche)

“A loucura foi silenciada e encarcerada pela razão.” (Michel Foucault)

“Deixe-me por um instante, mergulhar na loucura dos sonhadores. Duvidar das regras que impõe o homem para não transgredir tudo aquilo que conhecemos. Não temo a aventura de viver em um mundo surrealista, porque meu espírito não conhece outra verdade, do que aquela que me leva além das fronteiras do impossível. No dia em que eu deixar de sonhar, mande-me flores brancas.” Texto atribuído a Salvador Dali

“Às vezes não tenho tanto a certeza de quem tem o direito de dizer quando um homem é louco e quando não é. Às vezes penso que não há ninguém completamente louco tal como não há ninguém completamente são até a opinião geral o considerar assim ou assado. É como se não fosse tanto o que um tipo faz, mas o modo como a maioria das pessoas o encara quando o faz.” William Faulkner, in “Na Minha Morte”.

“Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os encrenqueiros. Os que fogem ao padrão. Aqueles que veem as coisas de um jeito diferente. Eles não se adaptam às regras, nem respeitam o status quo. Você pode citá-los ou achá-los desagradáveis, glorificá-los ou desprezá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram adiante a raça humana. E enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como gênios. Porque as pessoas que são loucas o bastante para pensarem que podem mudar o mundo são as únicas que realmente podem fazê-lo.” Jack Kerouac



Friedrich Wilhelm Nietzsche, 15.10.1844 – Weimar 25.08.1900. Iniciou seus estudos no semestre de 1864-1865 na Universidade de Bonn, em Filologia clássica e Teologia Evangélica. Transfere-se para Universidade de Leipzig. Durante seus estudos em Leipzig, a leitura de Schopenhauer (O Mundo como Vontade e Representação) vai construir a sua vocação filosófica. Nietzsche é um aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, aos 24 anos é nomeado professor de Filologia na universidade de Basileia, adotando nacionalidade suíça. Desenvolve durante dez anos a sua acuidade filosófica no contato com o pensamento grego antigo, tendo como predileto os Pré-socráticos, em especial para Heráclito e Empédocles.
Em 1889, começa a pirar. Saindo do seu quarto de pensão, vê um cocheiro açoitando seu cavalo. Precipita-se entre o animal e o açoite e perde os sentidos, ficando desmaiado dois dias. É internado, o diagnóstico é paralisia cerebral progressiva, causada pelo uso de drogas e tendo como agravante a sua saúde precária. Fica louco e esta crise de loucura durante anos até sua morte, coloca-o sob a tutela de sua mãe e sua irmã. Diz que é o sucessor do Deus morto e o bufão da eternidade. Escreveu cartas para muitas pessoas, assinando como Dionísio e o crucificado. Nietzsche sofria, não conseguindo tratamento adequado, tornara-se seu próprio médico. Tomava drogas como o ópio, haxixe (principalmente) e cloral.
Nietzsche se superou como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuze, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma retomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, não cedeu diante as adversidades em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão.

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Aonde leva? Não perguntes, siga-o!"
"Por que você se assusta? O que acontece para a árvore, acontece também para o homem. Quanto mais deseja elevar-se para as alturas e para a luz, mais vigorosamente enterra suas raízes para baixo, para o horrendo e profundo: para o mal".
“Os homens de convicção simplesmente não tecem considerações no que toca aos fundamentos do valor e desvalor. Convicções são prisões. (...) A grande paixão usa e volta a usar convicções, não se submete a elas...” Friedrich Nietzsche




Johann Christian Friedrich Hölderlin, Lauffen, Alemanha 02.03.1870 – 07.06.1843. Sintetizou na sua obra o espírito da Grécia antiga, os pontos de vista românticos sobre a natureza, poeta e romancista estando hoje entre os maiores poetas germânicos, admirado por Nietzsche, Heidegger, entre outros. Considerado um dos grandes poetas do ocidente e referência obrigatória para a filosofia da arte neste século. Holderlin, como lembra Antonio Cícero, “pensou o mundo enquanto poeta e pensou sobre o mundo enquanto filósofo”. Em 1805 sua insanidade é diagnosticada. Entretanto, essa caracterização de seu estado mental como loucura, é até hoje vista de forma incerta.
Então, em 1807 foi deixado aos cuidados de Ernst Zimmers, um carpinteiro que vivia em Tübingen e grande admirador da obra intitulada Hyperion. Sob o nome de "Scardanelli", Hölderlin escreveu ainda poemas, que contavam com grande estranhamento formal. Mesmo contando com alguns períodos de lucidez, não retornou mais ao convívio social. Durante os próximos 36 anos, permanecerá em um quarto em uma torre, às margens do rio Neckar, até 1843, ano de sua morte.

CANTO DO DESTINO DE HIPERÍON
No mole chão andais
Do éter, gênios eleitos!
Ares divinos
Roçam-vos leve
Como dedos de artista
As cordas sagradas.

Como adormecidas
Criancinhas, eles
Respiram. Floresce-lhes
Resguardado o espírito
Em casto botão;
E os olhos felizes
Contemplam em paz
A luz que não morre.

Mas, ai! Nosso destino
É não descansar.
Míseros os homens
Lá se vão levados
Ao longo dos anos
De hora em hora como
A água, de um penhasco
A outro impelida,
Lá somem levados
Ao desconhecido.

F.Holderlin

Tradução Manoel Bandeira



Antonin Artaud, 1896-1948, o existencialista do desespero, desde cedo apresentou problemas de saúde e neurológicos. Aos 24 anos começou a tomar tintura de ópio para aliviar dores de cabeça. Tornou-se dependente. Foi internado diversas vezes. Sofreu vários tratamentos para loucura. Autor de teatro e cinema, teórico do teatro e autor de peças teatrais, poemas, ensaios, cartas (seu meio de expressão preferido).
Artaud foi encontrado morto no quarto de um sanatório onde estava internado. Versões para sua morte: câncer no reto (a oficial), intoxicação com heroína e morfina ou suicídio.

"Quem sou eu?
De onde venho?
Sou Antonin Artaud
e basta que eu o diga
Como só eu o sei dizer
e imediatamente
hão de ver meu corpo
atual,
voar em pedaços
e se juntar
sob dez mil aspectos
diversos.
Um novo corpo
no qual nunca mais
poderão esquecer.

Eu, Antonin Artaud, sou meu filho,
meu pai,
minha mãe,
e eu mesmo.
Eu represento Antonin Artaud!
Estou sempre morto.

Mas um vivo morto,
Um morto vivo.
Sou um morto
Sempre vivo.
A tragédia em cena já não me basta.
Quero transportá-la para minha vida.

Eu represento totalmente a minha vida.

Onde as pessoas procuram criar obras
de arte, eu pretendo mostrar o meu
espírito.
Não concebo uma obra de arte
dissociada da vida.

Eu, o senhor Antonin Artaud,
nascido em Marseille
no dia 4 de setembro de 1896,
eu sou Satã e eu sou Deus,
e pouco me importa a Virgem Maria.




Gérard de Nerval nasceu Gérard Labrunie, em Paris, boêmio, escritor, foi uma das principais figuras do movimento romântico, simbolistas e surrealistas encontraram um ídolo em Nerval, que descreveu o seu estado de sonho como “supernaturalista”.
Conheceu o futuro poeta e crítico de literatura Théophile Gautier, eles tornaram-se amigos para a vida. Aos vinte anos de idade Nerval publica a tradução de J.W. Faust von Goethe (1828), que o autor alemão elogiou.
Nerval foi o homenageado original do poema de Baudelaire, "Un voyage à Cythère", que mais tarde integrou a obra Les Fleurs du mal. Baudelaire também compartilhou com Nerval uma paixão pela Orient e haxixe - que ambos frequentam nas reuniões do famoso "Club des Hachischins" e escreveu sobre a droga.
Desde o início de 1840 até à sua morte, Nerval sofreu de intermitentes ataques de loucura; o seu primeiro colapso mental deu-se em fevereiro de 1841.
A mais importante coleção de poemas de Nerval, Les Chimères, foi publicada juntamente com a coletânea de contos Les filles du feu, em 1854. O último trabalho, em parte autobiográfico, foi Aurélia (1855), escrito em prosa lúcida, mas alucinante. O narrador descobre o poder dos sonhos e a sua fé no amor é restabelecida após a sua descida para a loucura, o mundo além da razão.
Nerval cometeu suicídio aos quarenta e seis anos de idade. Em Aurélia, o seu testamento espiritual, Nerval disse: "Eu disse a mim mesmo: é a noite eterna sobre nós, e as trevas serão terríveis. O que vai acontecer quando eles todos percebem que não há mais sol?". O corpo de Nerval foi encontrado a 26 de janeiro 1855, pendurado num parapeito na Rue de la Vielle Lanterne, um dos seus lugares preferidos em Paris. Durante algumas décadas, Nerval caiu no esquecimento, até que o romancista e crítico de Rémy de Gourmont produziu uma nova edição dos seus trabalhos em 1905.

VERSOS DE OUTRO
Homem! Livre pensador! Serás o único que pensa
Neste mundo onde a vida cintila em cada ente?
De tuas forças tua liberdade dispõe naturalmente,
Mas teus conselhos todo o universo dispensa.
Honra na fera o espírito que fermenta…
Cada flor é uma alma em Natura nascente;
Um mistério de amor no metal reside dormente;
“Tudo é sensível!” E poderoso em teu ser se apresenta.
Receia, no muro cego, um olhar curioso:
À própria matéria encontra-se um verbo unido…
Não te sirvas dela para qualquer fim impiedoso!
Quase sempre no ser obscuro mora um Deus escondido.
E, como um olho novo coberto por suas pálpebras,
Um espírito puro medra sob a crosta das pedras!
Gérard de Nerval (Gérard Labrunie)




Dramaturgo sueco (22/1/1849-14/5/1912). Um dos criadores do teatro expressionista e o escritor mais importante da Suécia. Johan August Strindberg nasce em Estocolmo e é educado dentro do rigor puritano, que considera repressivo.
Sua primeira peça importante, Mestre Olof, de 1872, é um drama sobre a revolta contra as convenções sociais e todos os tipos de poder.
É reconhecido como escritor em 1879, com O Quarto Vermelho, primeiro romance naturalista da literatura sueca. As alucinações, visões e neuroses que tem no decorrer da vida não prejudicam sua criatividade, mas dificultam seus relacionamentos.
Casa-se e divorcia-se três vezes. Revela rancor contra as mulheres em várias peças, especialmente em O Pai (1887) e Senhorita Júlia (1899). Depois de 1883 vive em diversos países da Europa e se ocupa de experiências com alquimia e ciências ocultas. Volta à Suécia em 1897. Escreve de 1898 a 1904 as três partes da peça Para Damasco, precursora do teatro expressionista, que influencia inúmeros dramaturgos alemães. Morre de câncer, em Estocolmo.
http://www.algosobre.com.br/biografias/august-strindberg.html

INDRA *
Descemos à terra arenosa.
A palha dos campos ceifados cobriu nossos pés;
O pó das auto-estradas,
Fumaça das cidades,
Bafos de onça,
Fumos dos celeiros e das cozinhas,
Tudo suportamos.
Então, fugimos ao mar aberto,
Enchendo de ar nossos pulmões,
Batendo nossas asas,
Banhando nossos pés.
Indra, Senhor dos Céus,
Escutai-nos!
Ouvi nossos lamentos!
A terra está suja;
O mal é nossa vida;
O homem não pode ser salvo
Nem do bem nem do mal.
Vivem como podem,
Um dia de cada vez.
Filhos do pó, viajam por ele;
Nascidos do pó, ao pó retornam.
Receberam pés para se arrastarem,
Não asas para voar.
Cobrem-se ainda mais de pó –
Abraçando sua culpa
Ou a Tua?
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
Johan August Strindberg
* Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho de Aditi com o sábio Kashyapa



Salvador Domenec Felip Jacint Dalí Domenech, 1º Marques de Dali de Púbol, importante pintor catalão, Figueres, na Catalunha, Espanha (11.05.1904 – 23.01.1989). Conhecido pelo seu trabalho surrealista, seus quadros chamavam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.
Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, e que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte.

Em 1922, Dalí foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas. Foi amigo do poeta Federico Garcia Lorca e do cineasta Luis Buñuel.

Ao Lado da Morte Volutuosa - Salvador Dali



Espanha 1938



Crianças geopoliticas Assistindo ao Nascimento do Novo Homem-1943



Galatea de Esferas




Vincent Willem van Gogh, pintor pós-impressionista holandês, com influência profunda na arte do século XX, sofria de ataques frequentes de doenças mentais e ansiedade, cometeu suicídio aos 37 anos. Pouco reconhecido em vida, porém é considerado um dos maiores pintores da história. Seus quadros de cores vivas e de forte impacto emocional foi uma grande influência a arte modernista. Van Gogh entrou para a história como um herói romântico, um gênio torturado e incompreendido em seu tempo. Seus quadros, retratos, auto-retratos, paisagens e girassóis, estão entre os mais caros do mundo, “Retrato do Doutor Gachet” foi vendido por 82,5 milhões de dólares em 1990.

Dr.Paul Gachet-1890


Noite Estrelada Sobre o Rhone




Francisco José de Goya y Lucientes, conhecido como Francisco Goya, 30.03.1796 - 15.041828, foi o mais importante pintor espanhol na fase do romantismo, retratou vários temas em suas pinturas, paisagens, cenas mitológicas, religião, demônios, guerras, homens, mulheres, deuses, demônios e feiticeiros. Comédias, sátiras, tragédias e farsa eram recorrentes em suas obras, em maior destaque as pinturas a óleo, com cores vivas, transmitindo os sentimentos humanos como medo, sofrimento, angústia, felicidade, etc. Seus estilos impressionistas influenciaram pintores franceses do século XIX como Monet. Durante a última parte de sua vida, Goya cobriu as paredes de sua Quinta com as famosas pinturas negras, as últimas e mais misteriosas do seu gênio atormentado, um reflexo de sua saúde física e mental,

“O sono da razão produz monstros” Goya


La Maja Desnuda


O Três de Maio 1808




Edvard Munch, Loten, Noruega - 12.12.1863 – 23.01.1944 – Um dos precursores do expressionismo alemão, Foi influenciado por Coubert e Manet e em Paris recebeu reconhecida influência de Toulouse-Lautrec e Gauguin. Munch vivia doente, teve problemas de perdas na familia, sua mãe morreu quando ele era um menino, uma irmã tinha problemas mentais e outra morreu após casar. Toda a sua obra tinha a marca de suas obsessões, como rostos sem feições e figuras distorcidas, seus temas era a morte, melancolia, tristeza, solidão e o terror das forças da natureza. Seu quadro “O Grito” é considerado a sua obra máxima e um dos mais importantes do expressionismo, retrata o desespero e a angústia e foi inspirado nos seus próprios problemas e decepções com amigos e no amor. Munch tinha plena consciência do seu quadro maníaco-depressivo, porém não aceitava tratamentos, acreditava que pudesse extinguir o seu poder criativo, declarou que: “Prefiro continuar sofrendo desses males, porque são parte de mim e de minha arte”

O Grito (Skrik)


Madonna-Edvard Munch